As sete colunas da casa do SENHOR. Pv. 9.1.
INTRODUÇÃO: A sabedoria aqui, como em Pv. 1.20, o substantivo é feminino plural, embora usado com um verbo no feminino singular. Este uso é comprovado pela gramática ugarita. Sete colunas, isto tem sido diversamente interpretado como um aspecto arquitetônico, artes liberais, sete sacramentos, etc. Foi até usado por T.E. Lawrence como o título (irrelevante) do seu livro sobre a campanha árabe na Primeira Grande Guerra! Provavelmente é um número redondo que traduz perfeição, dando a idéia de que a Sabedoria está inteiramente preparada para satisfazer. Mas, neste estudo estaremos vendo as SETE COLUNAS DA CASA DO SENHOR.
I - Fala da misericórdia de Cristo para conosco. Tt 3.5. Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Não por obras de justiça praticadas por nós. Isto elimina toda e qualquer obra; não só as que foram praticadas pela justiça própria dos homens perdidos, como também as obras praticadas em verdadeira justiça. Contrapondo-se a todas as obras está a misericórdia livre de Deus, exibida na obra do Espírito.O Espírito Santo nos renova em regeneração. Estas duas idéias estão intimamente ligadas entre si como a expressão dupla de uma só obra do Espírito.
II - Fala de sua justiça. Rm 5.1. TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; A paz que um crente tem é a paz com Deus. Este é um estado objetivo para aquele que é declarado justificado. Ele é por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. A obra redentora de Cristo forneceu uma expiação, uma cobertura para. o pecado daquele que foi declarado justificado pela fé. Esse tal foi reconciliado com Deus. Portanto a hostilidade e animosidade entre Deus e os crentes já se foi. Em lugar disso há uma bendita paz.
III - Fala da paz de Cristo que nos foi dada. Jo 14.27. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. A paz. Uma palavra frequentemente relacionada com as despedidas. Ef. 6.23; I Pe. 5.14. Mas isto é mais um legado do que um toque convencional. Deixo-vos (aphiêmi) é raramente usado neste sentido. Outro exemplo ocorre na Septuaginta, no Sl. 17.14. A minha paz, uma qualidade diferente de paz, diferente da paz do mundo, que seria abalada numa hora como esta quando a morte se encontrava tão perto. O dom de sua paz tornaria destemidos seus seguidores, assim como Ele Jo. 16.33.
IV - Fala da santidade de Cristo. I Pe 1.16. Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. A iminente volta de Cristo, a preciosa esperança do crente, também é um forte incentivo à santidade I Jo. 3.3. Pois Cristo é santo. Lembre-se da embaraçosa conscientização de Pedro de seu próprio pecado e atraso quando subitamente foi confrontado com o Cristo ressurreto quando estava pescando no Mar da Galiléia numa certa manhã. Jo. 21.7. Isto faz pensar em uma situação semelhante quando pela vez primeira foi chamado pelo Senhor, Lc. 5.8. Procedimento, comportamento, Sede santos. Este era um mandamento muito bem conhecido de todos quantos conheciam o Pentateuco. Lv. 11.44; 19.2; 20.7.
V - Fala do amor de Cristo para conosco. Jo 17.23. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. A fim de que sejam aperfeiçoados na unidade. Isto tem de ser realizado, não por esforços humanos, mas, pela graciosa extensão da unidade da Divindade àqueles que pertencem a Cristo. Esta não é uma unidade mecânica. Seu cimento é o amor de Deus concedido aos homens, esse mesmo amor é maravilhoso dizer que o Pai tem ao Filho.
VI - Fala do ser de Jesus. Jo 14.6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. O caminho.Isto tem um destaque especial por causa do contexto. Foi um tanto antecipado no ensino sobre a porta Jo.10.9. A verdade. Cristo como verdade torna o caminho digno de confiança e infalível. Jo.1.14; 8.32,36; Ef. 4.20-21. A vida. Jo.1.4; 11.25. Ninguém vem. O verbo coloca Jesus ao lado de Deus e não ao lado do homem Ele não disse "vai". Nenhum homem pode alcançar o Pai a não ser que compreenda a Verdade e participe da Vida que foi revelada aos homens por Seu Filho. Assim, apesar de ser o guia, Ele não nos guia a algo além de Si mesmo. O conhecimento do Filho é o conhecimento de Deus.
VII – Fala do poder de Deus. Fp 3.10. Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; A expressão dos mais profundos anseios de Paulo. O conhecer é experimentar o poder que flui da união com o Cristo ressurreto e penetrar na comunhão de seus sofrimentos todas as dificuldades a serem enfrentadas por causa de Cristo; At. 9.16. Que estes são dois aspectos da mesma experiência está indicado pelo artigo singular no grego. Conformando-me com ele (part. presente) na sua morte define melhor a experiência como a morte contínua do eu.
CONCLUSÃO: A Graça de Deus é a coluna de sustentação da nossa vida. A Revelação da Graça é a força para a nossa vida. É o padrão das sãs Palavras de Cristo, é a sã Doutrina de Jesus Cristo, é a força, é a Pedra Angular, é o único Evangelho, são as Boas Novas de grande alegria. Portanto, uma vida bem construída jamais poderá, em algum momento, ser manipulada, nem ser vulnerável. Uma vida bem construída tem rocha sólida, tem fundamentos. A Graça manifestada nos dá uma boa consciência, nos livra da lei e nos faz acreditar que Deus vai nos dar muito além do que temos sonhado. Deus vai nos colocar muito acima de onde temos chegado porque por fé e por Graça. Tens os sete pilares de uma vida construída sobre a rocha. Venha o vento que vier, caia a chuva que cair, transbordem os rios, a tua casa ficará de pé, porque foi construída sobre a Rocha, e a Rocha é Jesus. Pronto, a tua casa está construída.