Os grandes toques de Deus. Is. 6.7.
INTRODUÇÃO: Quando Deus toca, algo novo acontece. Os montes fumegam Sl 144.5, a terra derrete. Am. 9.5 e vidas são transformadas. Você já experimentou o toque de Deus? Hoje, tem muita gente sentada num deserto, sob um pé de zimbro, desesperados, confusos. Como Elias, pode ter tido uma vitória em alguma área de sua vida e imaginou que nunca mais teria provações. Mas elas vieram. Deus não prometeu nos isentar de aflições e sim, que estaria conosco durante elas, suprindo todas as nossas necessidades. E como é delicioso provar o cuidado, o zelo aconchegante de Deus! Você já recebeu o toque de Deus? Se não, busque-O em oração, diga que precisa do Seu toque, do Seu perdão, da purificação que somente o Sangue de Jesus pode conceder. Diga que quer viver na Sua Presença. Faça uma aliança com Deus!
I – O toque da bênção. Jacó. Gn 32.25. Quando este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a juntura da coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, enquanto lutava com ele. Lutava com ele um homem, ate ao romper do dia. Na solidão da escura noite. Jacó encontrou-se com um homem que lutou com ele. O hebraico 'abaq, "dar voltas" ou "lutar", tem alguma ligação com a palavra Jaboque. Depois de uma longa luta, o visitante desconhecido exigiu que Jacó o soltasse. Jacó recusou-se a fazê-lo até que o estranho o abençoasse. O "homem" pediu a Jacó que declarasse o seu nome, o qual significa suplantador. Então o estranho disse que daquele momento em diante ele teria um novo nome com um novo significado. A palavra Israelpode ser traduzida para aquele que luta com Deus, ou Deus luta, ou aquele que persevera, ou, pode ser associado com a palavra 'sar, "príncipe". O "homem" declarou: Lutaste com Deus .. . e prevaleceste. Era uma certeza da vitória no seu relacionamento com Esaú, como também certeza de triunfo ao longo do caminho. Na titânica luta, Jacó percebeu a sua própria fraqueza e a superioridade daquele que o tocou. No momento em que se submeteu, tornou-se um novo homem, que pôde receber as bênçãos divinas e tomar o seu lugar no plano divino. O novo nome, Israel, dá idéia de realeza, poder e soberania entre os homens. Estava destinado a ser um homem governado por Deus, em vez de um suplantador inescrupuloso. Por meio da derrota alcançara o poder. Todo o resto de sua vida ficaria aleijado; mas sua manqueira seria um lembrete de sua nova realeza.
II – O toque da cura. O leproso. Lc 5.15. A sua fama, porém, se divulgava cada vez mais, e grandes multidões se ajuntavam para ouvi-lo e serem curadas das suas enfermidades. A linguagem dá a entender que era um caso avançado. A lepra era enfermidade comum no Oriente. No seu estágio final ela causa desfiguração do corpo, quando vários membros do doente vão apodrecendo. A Lei exigia a segregação do leproso fora da cidade. Lv. 13.45-46. O leproso não duvidou da competência de Jesus em curar; ele não estava certo da atitude dele. Uma vez que a doença era normalmente considerada incurável, a súbita cura deve ter causado surpresa ao homem e a todos os que o conheciam. A Lei dispunha que os casos de lepra deviam ser inspecionados pelos sacerdotes, que faziam às vezes de um departamento de saúde na comunidade judia. Lv. 14:1-32. Jesus quis que o homem passasse pelos devidos canais para ser readmitido na comunidade.
III - O toque da revelação. João. Ap 1.1-20. Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu. Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. O capítulo 1 contém uma revelação rica, quase ofuscante do próprio Jesus Cristo. Os versículos 4-8 apresentam três descrições básicas de Cristo. Parece que João descreve o Cristo que ele conhece, pois não há nenhuma indicação de que ele recebesse aqui alguma revelação especial. Este é o Cristo do passado, do presente e do futuro, conforme apresentado na frase, daquele que é, que era, e que há de vir (v. 4). No passado, Cristo foi a fiel testemunha e o primogênito dos mortos; no presente, Ele é àquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados (v. 5); no futuro, vem com as nuvens e todo olho o verá ... e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele (v. 7). A declaração de que Cristo nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus (v. 6) é a declaração básica de Êx. 19.6, séculos mais tarde citada por Pedro. I Pe. 2.5-9). A passagem referindo-se ao futuro tem dupla referência no V.T.: em Dn. 7.13 o Filho do homem é descrito vindo com as nuvens, e o fato de que todos o verão está em Zc. 12.10-12. A palavra aqui traduzida para traspassaram aparece em outra passagem do N.T. apenas em Jo. 19.37.
IV – O toque da visão. Daniel. Dn 9.21; 10.7. Sim enquanto estava eu ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora da oblação da tarde. Ora, só eu, Daniel, vi aquela visão; pois os homens que estavam comigo não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande temor, e fugiram para se esconder. Importante à continuidade do livro é o fato de que através da segunda metade de Daniel o revelador é o mesmo indivíduo. Observe também que aqui está uma resposta imediata à oração, enquanto que no capítulo 10 há uma resposta bastante atrasada, ambas dentro da vontade e plano de Deus. Esta profecia é mencionada por Josefo: "Cremos que Daniel conversou com Deus; pois ele, além de profetizar o futuro, como os demais profetas, também determinou a hora do seu cumprimento".
V – O toque da purificação. Is. Is 6.7. e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Como poderiam os lábios impuros repetir o hino angélico? Sua consciência pesava sob o sentimento de uma fraqueza e fracasso pessoais. Ele nada mais podia fazer que confessar a sua incapacidade e condição decaída. Mas a graça redentora de Deus apressou-se em atender à sua necessidade, aplicando aos seus lábios uma brasa do altar do incenso originalmente do altar do holocausto. Lv. 16.12. Isaías foi assim purificado e equipado para o louvor, a oração intercessória e proclamação da palavra de Deus.
VI - O toque da chamada. Is. Is 6.8. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Cada crente é salvo para servir; ele é, ipso facto, uma testemunha divina desde o momento da conversão. Mas observe que Isaías foi convidado por meio da pergunta: Quem há de ir por nós? v. 8. Deus só pode usar serviço espontâneo e cheio de amor. Ao lado da tripla exclamação “Santo” de Is. 6.3, esta referência feita a nós talvez aponte para a pluralidade trinitária que há em Deus embora possa também incluir os anjos como associados a Deus em ponto de vista e propósito comuns. Isaías foi desse modo comissionado a pregar a mensagem de Deus fiel e destemidamente, embora o seu ministério pudesse resultar em rejeição e aparente fracasso.
Conclusão: Você pode testemunhar hoje que você sentiu o poder do toque de Jesus na sua vida? Você sabe o que ele pode fazer? Você pode estar dizendo agora, pastor "eu realmente preciso que Jesus me toque hoje! Eu preciso de Seu toque poderoso em minha vida agora."? Eu não sei o tipo de toque que você precisa em sua vida hoje, mas eu sei quem pode tocar em você! Jesus é o seu nome; tocar as vidas é sua especialidade. Se você está perdido, desviado, sobrecarregado, desanimado, ou apenas quer aprender a amá-lo mais, você precisa de Seu toque. Seja tocado por Deus assim com Davi, Elias, o cego Bartimeu, enfim, seja qual for o toque que você esteja precisando o SENHOR vai te tocar.