O Cego de Jericó É As Suas Necessidades. Lc. 18.35-43.
Introdução: A Jericó do tempo de Jesus ficava cerca de cinco milhas a oeste do Jordão e quinze milhas a nordeste de Jerusalém. O sítio da cidade cananita do tempo de Josué ficava uma milha ao norte. Há, aqui, uma dificuldade de harmonização. Mateus e Marcos dizem que o milagre aconteceu quando ele saía de Jericó; Lucas diz que foi ao aproximar-se de Jericó. Talvez a solução mais plausível é que a cura ocorresse quando Jesus deixava o local da antiga Jericó aproximando-se da nova cidade de Jericó. Mas vejamos algumas das necessidades do cego de Jericó:
I - Necessidade de Ouvir Falar de Jesus. v.36. Rm. 10.17. De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.O apóstolo tira a conclusão de que a fé vem da pregação (das coisas ouvidas). E a pregação tem de ser pela palavra (ordem, mandamento, direção) de Cristo. Uma tradução diz Deus, mas os melhores manuscritos trazem Cristo.
II - Necessidade de Clamar por Jesus. v.38. Jr. 33.3. Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. A oração é uma arma poderosa que nos permite ser íntimos de Deus, nos permite ter a revelação dos segredos de Deus. Nós perdemos por não orar mais, perdemos por não buscar mais respostas de Deus, perdemos por não pedir direção de Deus. Buscar a Deus e invocar o seu nome é o maior investimento que podemos fazer nesta terra. Invocar a Deus nos leva a conhecer coisas que somente conhecemos por Sua Graça. Invocar a Deus nos traz discernimento nas horas necessárias. Invocar a Deus nos traz revelações de coisas ocultas e escondidas. Invocar a Deus nos leva a reconhecer que SEM ELE nada somos e nada fazemos. Invocar a Deus nos faz reconhecer nossa dependência de Deus. Invocar a Deus nos garante os livramentos diários.
III - Necessidade de Ouvir Jesus. v.41. Jo. 6.68. Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. O efeito do discurso sobre os Doze está sendo agora apresentado. Este foi o momento da separação para muitos dos que foram Seus discípulos. Sua partida provocou a pergunta de Jesus aos Doze quanto às intenções deles. Pedro, como rocha, permaneceu firme. Mas em harmonia com o discurso enfatiza que Jesus tem palavras da vida eterna. Outros só viam as palavras. Pedro viu que proporcionavam o gozo da vida eterna, ainda que não entendesse no momento o significado da cruz.
IV - Necessidade de Ver Jesus. v.42ª. Is. 45.22. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Aqueles gentios que sobrevivessem ao juízo que sobrevida às suas respectivas nações são aqui convidados a abandonarem sua louca adoração de deuses imaginários e fúteis e a virem pela fé para o único Deus verdadeiro que é o único que pode realizar o que predisse e que é o único que pode salvar do pecado e da morte. Todas as nações estão incluídas neste convite, até as mais remotas. Elas podem ser salvas simplesmente olhando para o Senhor, pela fé, como o único Deus e salvador.
V - Necessidade de Ser curado por Jesus. vs. 42-43a. Êx. 15.26. E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara. A busca para uma explicação natural deste milagre, com alguma espécie de árvore que transformasse água ruim em boa, é completamente inútil. Por meio desta prova do cuidado e poder de Jeová, estabeleceu-se uma ordenança para todos os tempos que, para os obedientes, Deus comprovaria ser Jeová, "Jeová que te cura".
VI - Necessidade de Seguir a Jesus. v.43b. Mt. 11.28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. À vista da autoridade investida em Cristo, este convite vibra cheio de oportunidade. Todos os que estais cansados. Homens cujos esforços fatigantes para alcançarem descanso espiritual não aliviaram o fardo das obrigações criadas pelo homem Mt.23.4.
VII - Necessidade de Glorificar a Jesus. v.43c. Rm. 4.20. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, A palavra que foi traduzida para "duvidou", poderia ser também "oscilou". Para o patriarca, não havia incerteza por causa de incredulidade. Em face desses obstáculos, Abraão se fortaleceu na fé ou confiança. Observe aqui os efeitos da crença e descrença. A incredulidade põe a pessoa em discordância com ela mesma; a crença produz força para enfrentar o obstáculo. Abraão deu glória a Deus conforme foi fortalecido.
Conclusão: A história do cego de Jericó, nos ensina que existe sim possibilidade de mudança para toda e qualquer pessoa, nada é impossível para Deus. Ensina, o valor de um clamor, a necessidade da oração. Também, a simplicidade da fé. A oração feita por ele foi curta, mas tão intensa que alcançou o coração de Jesus. O encontro de Jesus com Bartimeu, ensina, entre tantas coisas, que milagres acontecem todos os dias, em lugares comuns. Aquele, parecia ser um dia como outro qualquer, até que: Jesus aparece! Quanta diferença entre: um dia sem Jesus e um dia com Ele!